Julio Bittencourt/Folha Imagem
Numa entrevista antes do debate com Chico Buarque de Holanda, na FLIP [Feira Literária Internacional de Paraty], o escritor Milton Hatoum lembrou que não há cidadania sem livro. E que uma política pública de de educação e inclusão social precisa ser feita “no miúdo, nos municípios”. Milton Hatoum cobrou também mudanças estruturais nas política brasileira e o engajamento das perfeituras nas políticas voltadas à educação.
“Eu, que ando muito por esse país, observo que os livros do Ministério da Educação estão chegando às escolas e às bibliotecas. Isso é um alento para quem escreve, para quem dá tanta importância a leitura“, disse. “Mas política pública tem que ser feita no miúdo, nos municípios.”
Segundo ele, as políticas públicas não devem “obrigar ninguém a ler“. “Mas é um absurdo, para não dizer um crime, você não permitir o acesso à leitura a milhões de crianças pobres no Brasil. A política do livro deve ser uma prioridade de qualquer governo. Não há cidadania sem leitura“, disse.
Hatoum cobrou ainda a valorização dos professores e defendeu a implantação de uma política de salários para a categoria a partir de 2010. “É uma vergonha que professores ganhem menos do que um salário mínimo. Qualquer país desenvolvido, qualquer país civilizado investiu muito na educação, no livro, na formação dos professores, nos salários dos professores. E isso eu acho positivo.”
Agência Brasil
Aqui, você encontra a minha opinião sobre o livro Órfãos do Eldorado, de Milton Hatoum.






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